Ferramenta da CNseg ajudará as seguradoras a melhor mensurar os riscos climáticos

As indenizações pagas em todo o mundo pelo mercado segurador referentes a perdas provocadas por catástrofes naturais em 2022 alcançaram a cifra de US$ 125 bilhões, sendo este o segundo ano consecutivo em que os gastos referentes a esses fenômenos excederam os US$ 100 bilhões, informa matéria publicada no Jornal Valor Econômico desta quarta-feira, dia 14.

Ouvida na matéria, a diretora de sustentabilidade da Mapfre e presidente da Comissão de Integração ASG da CNseg, Fátima Lima, alertou para a necessidade de o mercado se aprofundar na gestão de riscos relacionadas às mudanças climáticas que, de acordo com o relatório Sigma Swiss Re divulgado em março, geraram perdas seguradas no agronegócio brasileiro na ordem de US$ 1 bilhão.

Fátima Lima informou que, para ajudar seguradoras a melhor mensurar os riscos climáticos, a CNseg utilizará uma ferramenta para o mapeamento desses riscos em todo o Brasil. A ferramenta, desenvolvida pela United Nations Environment – Programme Finance Initiative (Unep- FI), braço financeiro da ONU para questões climáticas, inclui um mapa de calor (heatmap) para medir a exposição do país a 12 riscos climáticos físicos e deve estar pronto para utilização até o fim do primeiro semestre de 2023. As seguradoras poderão, então, avaliar os Estados e capitais mais impactados por ondas de calor e de frio, secas, mudanças crônicas de temperatura, enchentes fluviais, costeiras e urbanas, aumento do nível do mar, estresse hídrico, variabilidade sazonal, intensidade do vento e incêndio.

Também ouvida na matéria, a diretora de Sustentabilidade, Consumo e Relações Instituconais da CNseg, Ana Paula Almeida Santos, afirmou que “a partir do heatmap, seguradoras podem construir uma metodologia de acordo com a realidade do negócio”.

 

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